Na minha opinião será uma eleição muito disputada envolvendo vários nomes que já começam despontar

A pergunta/título deste comentário é muito relevante, pois a eleição de 2026 já está movimentando os bastidores da política brasileira mesmo faltando ano e meio para o pleito do ano que vem. Embora ainda falte bastante tempo até 2026, alguns nomes já despontam com possibilidade de disputar as eleições brasileiras e governar o país a partir de 2027. No meu ponto de vista, com base no cenário atual (ainda estamos em junho de 2025), os nomes com maiores chances são aqueles que constantemente têm sido ventilados na imprensa e mesmo fora dela, senão vejamos:

Luiz Inácio Lula da Silva (PT), atual presidente, que, se decidir concorrer à reeleição, ainda é o nome mais forte entre todos os candidatáveis, especialmente se conseguir manter a estabilidade econômica e as alianças políticas. Contudo, há dúvidas sobre sua disposição e saúde para um novo mandato aos 81 anos.

Opositor a Lula está Jair Bolsonaro (PL), que por decisão do TSE está inelegível até 2030. Mas não há dúvidas de que ele ainda é uma liderança influente, apesar de ver sua liderança começar a desmoronar dentro do seu campo político. E, caso sua inelegibilidade por ventura venha ser revertida – o que está sendo tentado por seus advogados – ele voltaria ao páreo como principal nome da direita.

O governador paulista é outra liderança direitista que tem se esforçado por estar sempre na mídia e, especialmente, junto ao chamado “mercado”. Estou falando de Tarcísio de Freitas (Republicanos), aquele mesmo que dia desses andou se comparando a Abraão e a Moisés ao citar passagens bíblicas num evento para apoiadores. Tarcísio é hoje o nome mais cotado da direita, com Bolsonaro inelegível. Ele tem apoio do bolsonarismo, pelo menos é o que parece, e está se projetando nacionalmente, especialmente no meio da comunidade evangélica, como ocorreu no dia19 de junho durante a Marcha para Jesus em São Paulo quando ele desfilou agarrado na bandeira de Israel. Tarcísio também é visto como moderado, técnico e confiável pelo mercado… mas o mercado não vota.

Outro que desde 1989 vem tentando galgar o posto mais alto da Nação é o governador goiano, Ronaldo Caiado (União Brasil). O Governador de Goiás é articulador do centro-direita desde os tempos da UDR. Ele vem tentando se viabilizar como alternativa à chamada polarização entre o PT e o bolsonarismo. Tem experiência e discurso firme, mas enfrenta resistência em ampliar sua base fora do Centro-Oeste.

O sul do País aposta no nome de Eduardo Leite – que está mudando de partido, deixando o PSDB – governador gaúcho que nas últimas eleições já andou se aventurando, apesar de não ter chegado ao fim. Seu nome ainda é pouco provável, mas mesmo assim tem sido bastante mencionado. Porém, não podemos esquecer que o PSDB, partido até então de Eduardo Leite, perdeu sua força nos últimos tempos, com vários de seus próceres partindo para outros caminhos. Mas Leite é jovem, articulado e tenta reconstruir o centro político. Sua viabilidade vai depender de uma união resoluta das forças moderadas.

O MDB, segundo se comenta, poderá tentar mais uma vez com a mato-grossense, a ex-senadora, Simone Tebet, filha de um ex-peemedebista da mais alta estirpe, Rames Tabet. Com bom desempenho na campanha de 2022 e participação atuante no governo Lula como ministra do Planejamento, Simone Tebet pode se apresentar como uma alternativa de terceira via. Porém, sua base eleitoral, tal qual ocorre hoje com o tucanato, anda muito fragilizada.

Há outros nomes que constantemente têm sido lembrados – como o atual governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD). Mas é pouco provável que consiga vaga para sair candidato. No máximo vai apoiar algum nome de sua linha e candidatar-se ao Senado pelo Paraná.

Tem ainda o governador mineiro Romeu Zema (Novo), inimigo político de Lula que tem se declarado como possível candidato. No entanto, tal qual Ratinho Jr., é muito pouco provável que consiga. O mais provável é que venha apoiar alguém de sua linha de atuação.

Concluindo: hoje, os dois nomes mais prováveis para polarizar uma disputa são Tarcísio de Freitas (Republicanos) – se Bolsonaro não conseguir reverter a inelegibilidade – e algum nome apoiado pela esquerda, provavelmente o próprio Lula ou algum outro como o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Muito dependerá do desempenho do governo federal em 2025/2026 e da economia do país. Mas a “briga” será boa, pelo menos é isso que o povo espera. Esse é o quadro que se apresenta, no entanto outros nomes poderão surgir até o mês de junho de 2026. E você, o que espera para as eleições de 2026? Teria algum outro nome para sugerir?

——————

Por L. Pimentel