Primeiro dos 4 navios-escolta que serão incorporados à Marinha
A Fragata Tamandaré é o primeiro dos quatro navios-escolta, desse porte – que serão incorporados a frota da ‘Marinha do Brasil’ nos próximos anos, foi lançada nesta sexta-feira (9). A cerimônia ocorreu em um estaleiro da cidade de Itajaí, Santa Catarina, e contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Presidente Lula, durante cerimônia de Lançamento da Fragata Tamandaré. Foto: Ricardo Stuckert/PR.
Na ocasião, Lula disse que o projeto representa a modernização das Forças Armadas e o fortalecimento de base industrial de defesa brasileira, além de garantir a soberania nacional. – A indústria de defesa é estratégica em qualquer país. No Brasil, assume importância ainda mais expressiva por gerar inovações e incentivar a pesquisa, permitindo ao setor o controle de um segmento estratégico do ponto de vista geopolítico. Além disso, incentiva o desenvolvimento de outras cadeias produtivas – afirmou.
A construção das fragatas Classe Tamandaré teve início em setembro de 2022, no Thyssenkrupp Estaleiro Brasil Sul, em Itajaí. Segundo o presidente, o programa tem grande participação da indústria nacional, envolve transferência de tecnologia, geração de oito mil empregos diretos e indiretos, aumento da arrecadação fiscal nos três níveis executivos e o fortalecimento do núcleo do poder naval para a defesa da pátria.
O presidente ressaltou ainda a importância dos investimentos estatais em defesa e tecnologia para garantir a soberania nacional. “É necessário ter soberania na área da defesa para garantir o domínio sobre nossas riquezas naturais, nosso mar e o nosso pré-sal – área de exploração e petróleo no mar. Do mesmo modo, é preciso ter a soberania no conhecimento, na tecnologia e na capacidade de liderar grandes projetos, para que não fiquemos para trás em relação ao resto do mundo – disse.
As embarcações compõem o ‘Programa Fragatas Classe Tamandaré’, uma parceria entre a ‘Marinha do Brasil’ e o consórcio ‘Águas Azuis’, formada pela empresa alemã Thyssenkrupp Marine Systems, a Embraer e a Atech. Ele é gerenciado pela Empresa Gerencial de Projetos Navais (Emgepron), empresa pública vinculada ao Ministério da Defesa por intermédio do Comando da Marinha.
- Se um país quer ser competitivo e soberano, ele precisa ter o Estado presente. Uma presença que não serve para reduzir a importância das empresas privadas, mas sim para desenvolver projetos de longo prazo, para construir o futuro sem ficar preso ao pensamento imediatista das bolsas de valores – acrescentou Lula.
O navio foi batizado de “Tamandaré”, mesmo nome que se aplica à classe, por ser o primeiro navio do conjunto. Ele deve ser incorporado à Marinha em 2025. As demais embarcações estão previstas para entrega gradual nos próximos quatro anos: a fragata “Jerônimo Albuquerque” em 2026, a “Cunha Moreira” em 2027 e a “Mariz e Barros” em 2028.
As fragatas serão utilizadas na proteção das águas jurisdicionais brasileiras e substituirão navios com mais de 40 anos de operação. As empresas querem ainda abrir as portas para construção de embarcações para outros países.
De acordo com o ministro da Defesa, José Mucio, nos primeiros sete meses de 2024, as exportações autorizadas superaram o total do ano passado, com R$ 8,4 bilhões exportados. “Já é o segundo melhor resultados desde 2001, quando a série histórica teve início”, disse. “Torço para que seja uma questão de tempo, podermos contar com a venda de fragatas da Classe Tamandaré para as nações amigas, contribuindo com a nossa balança comercial nas exportações de produtos de defesa”, acrescentou.
Por Andreia Verdélio – Repórter da Agência Brasil – Brasília
Edição: Aécio Amado
Molina Orval – Jornalista RP 4670-SC – Filiado á Fenaj (Federação Nacional dos Jornalistas) e Abrajet (Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo).
Admirador de novas tecnologias voltadas para a informação e Marketing Digital