XADREZ E A POLÍTICA – UMA ANÁLISE SIMPLÓRIA

Portal RCC

As vésperas da largada rumo ao pleito de 2020, observamos as peças no tabuleiro de xadrez, ops, política se posicionando, se movendo para obter a melhor jogada.

Tal qual o xadrez, na política existe uma previsibilidade de jogadas e o bom jogador antecipa a jogada de seu oponente, planejando suas próprias jogadas com rodadas de antecedência, distinguindo o bom e o mau político. Ainda que com possibilidades exponenciais de movimentos (calcula-se que 170 setilhões de alternativas sejam possíveis apenas nos primeiros movimentos), passa pela singularidade de um único movimento por vez de cada peça. No jogo de xadrez é imprescindível a inteligência e o mesmo ocorre na política, ainda que aqueles que não as possuem utilizam-se de meios mais sedutores aos eleitores para encobrir a sua incapacidade, dentre as quais podemos destacar a compra de votos, ofertas de vantagens, desconstrução de reputações, corrupção e o abuso de poder econômico. Mas a inteligência do bom político está na qualidade de estrategista, de planejar, projetar, prever e escolher o que de melhor poderá ser oferecido aos munícipes e mostrar a eles que isso é possível. E mais, não só que isso é possível, mas é um direito de todos.

O bom político, poderia ser comparado ao Rei – a peça mais importante -, que todavia ainda que tenha inteligência, não pode vencer sozinho. Já o mau político não está nem aí para seus “peões” relegando a grande maioria de sua legião a meros figurantes dispostos a sacrificar-se a seu favor ou em prol de seu objetivo. São marionetes descartáveis. Estratégias de jogadas no xadrez constantemente modificadas, segundo Kasparov – um dos maiores enxadristas que o mundo já conheceu -, além de serem consideradas lances fracos, significa não ter um planejamento traçado e aí entra o engodo usado pelo mau político. No xadrez e na política não é diferente e a melhor estratégia é seguir o plano inicial com pequenos ajustes durante a caminhada, objetivando alcançar o êxito: vencer ou capturar o Rei. Assim, os desafios a serem superados são muitos, tendo em vista que estamos sendo induzidos a processar um número cada vez maiores de informações num espaço reduzido de tempo.

Não temos mais espaços para velhas práticas, escolhas por amizades, interesses individuais ou vantagens atuais ou futuras. Que saibamos analisar propostas, projetos, pessoas e índoles que deverão pautar nossas escolhas. E neste verdadeiro balé de avanços e recuos, de ações e reações observe cada um daqueles que lhes procurar pedindo seu apoio pois quando os objetivos destes forem maiores que seus princípios… XEQUE… e quando os objetivos e os desejos sobrepujarem os princípios… XEQUE-MATE.