CORONAVÍRUS PODE TER TIDO MUTAÇÃO

Jornal O Povo SC
Uso da máscara é superimportante

O vírus continua a solta pelo mundo, por isso todos os cuidados são muito importantes para que a pandemia não se estenda ainda mais pelo Brasil e outros países…

VÍRUS MAIS FORTE

Pesquisa aponta que vírus pode ter sofrido mutações

Um estudo feito pelo Instituto de Pesquisa Scripps, dos Estados Unidos, afirma que o novo coronavírus pode ter sofrido uma mutação que facilitou sua entrada nas células humanas. Segundo a tese, a alteração afetaria a proteína spike, estrutura na parte externa do vírus usada para entrar nas células. Essa mudança poderia explicar por que o vírus causou tantas infecções nos Estados Unidos e América Latina, especialmente no Brasil. A pesquisa, ainda em fase inicial, deve passar pelo crivo da comunidade científica em breve. Se os resultados forem avalizados, será a primeira confirmação de que as alterações observadas no vírus impactaram a pandemia. Daí a necessidade de não haver abusos quanto ao distanciamento, aglomeração de pessoas e utilização de máscaras, álcool em gel e lavagem correta das mãos.

PERIGO: SEGUNDA ONDA

A China decidiu decretar lockdown em onze bairros de Pequim após contabilizar 57 novos casos da Covid-19, maior número diário desde o mês de abril. A Comissão Nacional de Saúde informou que o aumento se deu por causa de um surto em um dos maiores mercados atacadistas da cidade. Nos próximos dias, o plano é testar os cerca de 10 mil funcionários do local. Um dos epicentros da doença em fevereiro, o Irã pode ser o primeiro caso mundial de uma segunda onda. Na primeira semana de junho, foi registrada uma alta no número de casos que levou o país ao mesmo patamar de três meses atrás. O Ministério da Saúde iraniano, porém, acredita que o pico aconteceu porque mais testes estão sendo realizados.

Pequim decreta lockdown em bairros da cidade

OMS PEDE: DOE SANGUE

Os bancos hospitalares de sangue passam, por causa da quarentena causada pela pandemia, por um desabastecimento em escala mundial. Dados do Ministério da Saúde mostram que bancos de sangue do Brasil registraram uma queda de 30% em volume em maio, após um aumento nas doações em abril. Por este motivo, a pasta e a Organização Mundial da Saúde pedem que as pessoas doem sangue para que os estoques não fiquem desabastecidos. A OMS assegura que a coleta é feita com segurança devido ao distanciamento e medidas de higiene. No Brasil, pessoas entre 16 e 69 anos, com boas condições de saúde e que pesem mais de 50 quilos podem doar.

OMS diz que coletas são feitas em segurança

MÁSCARA, UM OBJETO NECESSÁRIO

Enquanto o contágio da Covid-19 não estiver totalmente sob controle é consenso que, para sair de casa ou abrir a porta para algum entregador, a pessoa terá que utilizar uma máscara. Uma reportagem mostra como a peça ganhou novos propósitos na pandemia – passar uma mensagem em protesto, por exemplo. Apesar de ocultar o rosto, o item virou uma manifestação de individualidade, dado o vasto leque de modelos encontrados em lojas, principalmente online. “A máscara esconde e, ao mesmo tempo, comunica”, afirma o antropólogo da medicina da Universidade de St. Andrews, na Escócia, Christos Lynteris. Seja com o modelo mais simples ou com o mais sofisticado, o importante é sempre estar com uma máscara para se proteger.

INVESTIGAÇÃO CONTRA INVASORES

Ministro Gilmar Mendes disse que presidente cometeu erro grave

A Procuradoria-Geral da República abriu investigação contra os responsáveis por promover invasões a hospitais durante a pandemia. No pedido, Augusto Aras afirma que a prática coloca em risco médicos e enfermeiros. A intenção é reunir elementos sobre os episódios ocorridos nos estados nos últimos dias para que os autores, incluindo políticos, sejam responsabilizados pela desordem. A medida ocorreu após Jair Bolsonaro pedir que seus apoiadores entrassem em hospitais e checassem se os leitos estariam ocupados ou não. O presidente, porém, não é alvo do procedimento da PGR. A declaração provocou críticas de governadores e do Conselho Federal de Enfermagem, que classificou a incitação como “descabida”.