O mundo assiste a uma pandemia, ao menos é o que afirmam os principais meios de comunicação, ancorados em fontes das mais distintas, médicas ou não. A rápida expansão global do novo coronavírus tem desestabilizado os diversos setores e parece ter atingido parcela da mídia de maneira avassaladora.
É fato que a mídia tradicional brasileira já caiu em descrédito há muito tempo. E com certa razão. A internet, com todas suas ferramentas de interação e o aumento de produtores de informação independente causam arrepios aos editores que não acompanham a revolução do modo de se trazer informações.

Dificilmente será noticiada na mídia nacional que o epicentro do novo coronavírus, a cidade chinesa de Wuhan, conta com dois laboratórios vinculados ao programa chinês de guerra biológica. O mais famoso, o Instituto de Virologia de Wuhan inaugurou, em 2015, o primeiro laboratório de biossegurança nível 4 (nível máximo de segurança) na China Continental. Com esse alto nível, é possível que os pesquisadores façam estudos com o vírus ainda vivo.
Gao Fu, diretor do Centro Chinês de Controle e Prevenção de Doenças, diz que o surto do COVID-19 pode ter começado em mercados chineses onde a busca por produtos frescos é rotineira. As pesquisas oficiais também corroboram que o surto teria emergido desses mercados de animais exóticos. A título de curiosidade, o laboratório de Virologia de Wuhan está situado a 32 quilômetros do mercado de Hunan Seaford, onde pode ter começado o surto. Levantadas essas informações simplórias que qualquer chefe de redação despreza completamente, vamos ao que realmente o vírus representa.
O que preocupa as autoridades é, basicamente, o seu rápido contágio. Segundo a World Health Organization, o novo coronavírus é espalhado principalmente por gotículas respiratórias. A maioria das pessoas (cerca de 80%) se recupera da doença sem precisar de tratamento especial. Aqueles que possuem idade avançada (como sempre) têm uma taxa de mortalidade mais alta que a dos jovens. A maioria das pessoas que foram diagnosticados pelos vírus e vieram a óbito, possuíam muitos agravantes (pressão alta, doenças cardíacas, doenças pulmonares, câncer ou diabetes) e posteriormente contraíram o vírus.
Claro que na TV, jornais e principalmente na internet, podemos encontrar dicas e instruções de especialistas no assunto. Mas dramatizar não é a solução. A taxa de mortalidade das pessoas que contraíram o vírus é bem baixa. Grupo de pessoas de 10 a 39 anos se contagiados pelo novo vírus, possuem taxa de mortalidade de 0,2%. de 40 a 49 anos, a taxa sobe para 0,4%, de 50 a 59, 1,30%. de 60 a 69 possuem 3,6% de irem a óbito e de 70 a 79 anos, possuem 8%.

Por fim, após ultrapassarem os 80 anos, o número salta para 14,8%. Percebo que muitos portadores de novo corona vírus tem cura espontânea. Muitos sequer apresentam sintomas. É inacreditável a neurose coletiva de pessoas fora do grupo de risco achando que vão morrer, lidando com o próprio apocalipse imaginário. Alto contágio. Mas inócuo a grande maioria dos infectados. O contágio é inevitável. Ninguém pode controlar o vírus. Nos lugares do mundo que as estatísticas de contágio diminuíram é porque o número de infectados chegou a quase todos. Quem se infecta uma vez, fica imune ao vírus.
A vacina, portanto, é o próprio contágio para o corpo criar imunidade. Por isso, numa epidemia ou pandemia de vírus do caráter biológico do covid 19, há uma curva de pico e declínio. Só nos
casos de complicações há que se ter mais cuidado e internação. Se a mídia informasse ao invés de causar pânico, logo essa pandemia passaria sem maiores estragos e sem tanto caos na saúde pública, além do que é cotidiano do falido sistema de saúde pública. Mas a neurose coletiva, incitada pela mídia, está causando o pânico. A prova é como lidam com a informação sem refletir.
Somatização:
Quando estamos tristes, nosso fígado está triste, nossos rins estão tristes, nossa pele está triste. O estado emocional de uma pessoa se manifesta de diversas maneiras, especialmente através de problemas de saúde. Como a cientista de Harvard, Candance Pert, explica, “essas moléculas de emoção são liberadas e distribuídas por todo o corpo e acabam instruindo as células se elas devem ou não se dividir e se devem ativar este ou aquele gene. Tudo no corpo é mobilizado por essas moléculas mensageiras, que estão em toda parte. Cada emoção tem sua própria “assinatura bioquímica” particular. A hostilidade, está associada ao excesso de cortisol. Já o afeto à ocitocina, a felicidade à dopamina, as sensações de bem-estar à serotonina e à endorfina. A excessiva secreção do hormônio do estresse, o cortisol, que acontece quando sentimos raiva, pode gerar doenças cardíacas, mal de alzheimer e problemas digestivos. Como o psiquiatra Redford Williams, da Universidade de Duke, alerta: “raiva mata”. Por outro lado, a ocitocina, que está associada à afeição e ao amor, reduz os níveis de cortisol e baixa a pressão, nos protegendo de doenças relacionadas ao estresse e a raiva. O corpo físico é um reflexo das emoções, crenças e pensamentos. Sempre que algo não vai bem, o corpo encontra um meio de sinalizar o problema.

É assim que surgem doenças e dores emocionais. Trata-se de manifestações do cérebro emocional, que precisa sinalizar questões internas. Nessa crise de “pandemia”, o medo tem sido um grande personagem nos lares das pessoas confinadas em casa. Por um lado, a ansiedade, os relacionamentos da família, a dificuldade de enxergar um novo horizonte, falta de dinheiro, medo de perder o emprego, fazem com que muitos problemas de saúde podem prejudicar de uma forma absurda, mais do que o próprio vírus. Vamos aguardar os próximos capítulas dessa fase da história da humanidade.
Artigo produzido pela psicanalista Mônica Bortoli, aluna do Curso de Capacitação de Psicanalista do Instituto IdEgo, dirigido por Antonio Lopes – psicanalista didata.
Fonte consultada: https://covid.saude.gov.br/ , www.revistas.ufg.br › article › download

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